7h15 da manhã nos encontramos na entrada do Schumacher College. A princípio formaríamos um time de cinco pessoas, mas fomos em três: eu, Elise e Ruth. E assim, noite ainda, a corrida começou. Tênis, casaco de chuva, luvas, gorro...Nas primeiras passadas um vento congelante atingiu minha face como num golpe, como se algo estivesse testando minha disciplina e força de vontade. Mesmo assim, lá fomos nós. Os passarinhos cantavam animados com o iminente despertar de um novo dia. O vento, uma fina e fria chuva e os quatro graus Celsius me desafiavam a continuar. Quando o ritmo começou a fluir pelas minhas veias, uma sensação espetacular me invadiu. Incrível correr em meio à natureza tão exuberante. O rio correndo doce e suavemente do meu lado direito, o reflexo das árvores, dançando ao ritmo do vento e formando uma pintura perfeita frente aos meus olhos e sentidos...algo para guardar na memória e no coração...perfeita simbiose.
A vegetação, com suas copas fechadas no topo, vez ou outra tocavam gentilmente minha face ou parte do meu corpo numa sincronicidade vívida. O solo, escorregadio e enlameado me fazendo saber e sentir a força de estar aterrada e presente em mim mesma e em Gaia. Sublime gentileza do Criador, num incalculável sentimento de pertencimento.